terça-feira, 25 de setembro de 2007

ESTUDANTES APROVAM MANIFESTO EM DEFESA DOS CURSOS DE HUMANAS

No último dia 18 de setembro, acadêmicos do curso de Geografia, História, Filosofia e Psicologia, da Universidade Comunitária Regional de Chapecó - Unochapecó, realizaram uma manifestação em protesto as altas mensalidades e as difíceis negociações cobradas pela universidade.
A manifestação contou com cerca de 600 acadêmicos que na ocasião se reuniram na entrada do Bloco "G" da universidade e em alto e bom som, para que todos e em especial a reitoria pudesse ouvir, leram e aprovaram um manifesto que além de mostrar o descontentamento das políticas adotadas pela universidade com relação aos cursos de humanas, ainda solicitam a efetivação das seguintes propostas:


1. Equiparar o valor das grades antigas aos mesmos valores das grades novas, ou seja que as mensalidades sejam as mesmas em todo curso. Entrando em vigor para o semestre atual, 2007/2.
2. Negociações de mensalidades: Entrada de 16,67% (dezeseis virgula sessenta e sete por cento), mais cinco parcelas iguais de 16,67% (dezeseis virgula sessenta e sete por cento).
3. Que a rematrícula seja parcelada junto à negociação de mensalidades e nas mesmas condições.
4. Que a renegociação de débitos em atraso seja efetuada da seguinte forma: Entrada de 20% (vinte por cento) mais quatro parcelas iguais de 20% (vinte por cento).
5. Que o processo de bolsa de estudos retome as entrevistas individuais entre comissão e acadêmicos.


"Hoje o curso de Geografia possui três grades e todas diferenciadas, fazendo com que a grade mais nova tenha um valor quase 50% mais barato que a grade mais antiga, ocasionando uma evasão dos alunos mais antigos, pois os valores cobrados estão fora da realidade econômica vivida por estes acadêmicos" diz Amaury Machado, um dos organizadores do evento e presidente do CA de Geografia. Outro ponto que os acadêmicos questionam são que mesmo com as grades diferenciadas, os cursos são compartilhados com outros cursos, possuem os mesmos professores e usufruem da mesma estrutura, assim como as grades novas, desta forma não há motivos para que os valores sejam cobrados como estão.


Segundo o tesoureiro do CA de Geografia, Dérique Hönn, "Os altos valores das mensalidades não é nossa única preocupação, mas também o modo com que as negociações no final dos semestres vem sendo realizadas, hoje um acadêmico do 5º ou 6º período difícilmente desembolsará menos de 1.100,00 para continuar estudando, não há como ele pagar uma negociação alta e uma mensalidade alta ao mesmo tempo. As negociações tem que ser mais flexíveis se quisermos a continuidade dos cursos de humanas em nossa universidade" conclui.


Após o ato no Bloco "G" os acadêmicos se dirigiram até a Reitoria e entragaram nas mãos do Vice-Reitor de Graduação, Prof. Odilon Luiz Poli, o manifesto e solicitaram a efetivação das propostas como forma de manter os acdêmicos e os cursos de humanas. "Somos estudantes e como tal acreditamos que um futuro melhor é possível, que estudar ainda vale apena. Acreditamos em nossa universidade, em nosso país, e queremos fazer parte dessa história, por isso solicitamos tais medidas como forma emergêncial se quisermos manter os cursos e os acadêmicos vivos e atuantes em nossa universidade", conclui Amaury.


Caso a Reitoria não dê retorno ou não sente para negociar, os acadêmicos prometem uma nova manifestação ainda maior do que a anterior.


Veja o albúm de fotos da manifestação no link ao lado.

Nenhum comentário: